quinta-feira, 17 de abril de 2014

Páscoa

(Deuteronômio 16.1-17)


Páscoa Judaica
A Páscoa celebra a saída dos filhos de Israel da servidão egípcia. A Páscoa, no hebraico Pessach, junto com a Festa das Semanas e a Festa dos Tabernáculos ou Cabanas é uma das três Grandes Festas ordenadas na Bíblia “Guarda o mês de Abibe, e celebra a páscoa ao SENHOR teu Deus; porque no mês de Abibe o SENHOR teu Deus te tirou do Egito, de noite.” Deuteronômio 16:1
A Bíblia judaica e cristã institui a celebração do Pessach: "Conservareis a memória daquele dia, celebrando-o como uma festa em honra ao Senhor: Fareis isto de geração em geração, pois é uma instituição perpétua". (Êxodo 12.14)
A Festa da Páscoa, a primeira das grandes Festas judaicas mencionadas na Bíblia, é observada e comemorada pelos judeus mais do que qualquer outra Festa do calendário judaico.
A Páscoa foi instituída na noite em que ocorreu o Êxodo do Egito. A primeira Páscoa (isto é, com um novo significado) foi celebrada na Lua Cheia, no final do dia 14 do mês de Abibe. Dali em diante deveria ser celebrada anualmente (Êxodo 12.14, 17-24).
Cada família devia escolher um cordeiro ou cabrito sem defeito, sem mácula, com a idade de “um ano”. Tinha que ser o melhor cordeiro ou cabrito; o animal escolhido não podia ter defeitos. O cordeiro era levado para dentro de casa no dia 10 de Abibe, e mantido até o dia 14 do mesmo mês. Caia quase sempre no mês de março do nosso calendário. (Êxodo 12.5)
O animal tinha que estar bem assado, nada cru, e sem que lhe quebrasse nenhum osso. (Êx 12.46) Após a carne ser assada no fogo, era comida pela família com pães asmos e ervas amargas. (Êxodo 12.8)
A páscoa judaica é marcada pela refeição (Seder) pascal, que é feita em família. Além do jantar em família, eram celebrados ritos no templo, incluindo o sacrifício do cordeiro, hoje não se celebram mais estes ritos, mas há leituras nas sinagogas.
O Pão Ázimo (matsah) simboliza a falta de tempo de fermentar a massa do pão na saída do Egito. "E cozeram bolos ázimos da massa que levaram do Egito, porque ela não tinha levedado, porquanto foram lançados do Egito; e não puderam deter-se, nem haviam preparado comida." (Ex. 12,39)
As Ervas Amargas (maror) eram para lembrar aos israelistas quanto os egípcios tornaram a vida amarga com o sofrimento da escravidão. "Assim lhes amargurava a vida com pesados serviços em barro e em tijolos, e com toda sorte de trabalho no campo, enfim com todo o seu serviço, em que os faziam servir com dureza." (Ex. 1,14)

Páscoa Cristã
A Páscoa cristã celebra a morte sacrificial e a ressurreição de Jesus Cristo. Nos Evangelhos, Jesus é anunciado como o "cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo", deste modo, toda a simbologia da Páscoa judaica aponta para Jesus que, através de sua morte e seu sangue, liberta o homem do poder da morte e do pecado.



Páscoa é pagã?
Não! Mas atualmente sim! Hoje existe um sincretismo entre a Páscoa judaico-cristã e rituais de passagem pagãos, no entanto, nem sempre foi assim.
A festa moderna utiliza a imagem do coelho e ovos pintados com cores brilhantes, representando a luz solar, dados como presentes. Os antigos povos pagãos europeus da Idade Média, nesta época do ano, homenageavam Ostera, é a deusa da Primavera, que segura um ovo em sua mão e observa um coelho, símbolo da fertilidade, pulando alegremente em redor de seus pés nus.
Foram os imigrantes alemães que trouxeram para o Brasil esses símbolos da páscoa: os ovos pintados, hoje, de chocolate e os coelhos.

A Páscoa, em suas raízes mais antigas, é uma festa genuinamente bíblica, que sempre aponta para o sacrifício de Jesus por toda a humanidade.