sábado, 21 de dezembro de 2013

Eted

Escola de Treinamento e Discipulado  (cinco meses de experiência missionária teórica e prática no campo)
 


casas de taipa colorida
sob a poeira do tempo
memória de matas derrubadas,
alguns pinheiros em pé,
são breves registros do passado;
foi floresta, agora é mastro
hoje apenas campos gramados
e árvores para pratica de rapel

no verão resplandece a luz do sol
na grota que abriga uma missão

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

O mesmo Deus

meu Deus é o mesmo Deus de Abrão
que saiu de uma terra próspera
deixando para trás a parentela
acreditando na promessa
de que seu nome seria mudado
e lembrado para sempre como Abraão
pai de muitas gerações

meu Deus é o mesmo Deus de Jacó
que nasceu grudado no calcanhar do irmão
e comprou o direito de primogenitura
para receber dupla porção da herança paterna

meu Deus é o mesmo Deus de Moisés
que acreditava firmemente em Deus
para libertar Israel do jugo egípcio
pois bastaria o povo marchar
e nunca ficar parado
mesmo que tivesse à frente
as águas profundas do Mar Vermelho

meu Deus é o mesmo Deus de Noé
pai da humanidade, habilidoso e amoroso
com a sua família e os animais da terra

meu Deus é o mesmo Deus de ontem
de hoje e de sempre

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

o vento

quando o céu escurecia
e as nuvens traziam o vento
eu pensava para onde me levará o vento?

hoje eu sei, estou no meu barco
e o timoneiro é meu Deus!

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

do outro lado

para Marjorie Veríssimo Pinto de Paula

os teus passos é que te levam, filha!
mas Deus é quem dá a direção

o continente asiático é grande
e enorme a necessidade do povo
ninguém muda de fuso horário
e fica ileso às intempéries do vento
nem pode parar no meio do caminho

só rompe a noite longa e escura
quem não tem medo do silêncio
o que tiver que ser, será!
Deus é Senhor do ontem, do hoje
e com certeza será também do amanhã
o tempo afasta e até atenua a dor
mas é o amor verdadeiro que cura

estender as mãos é apenas um gesto, filha!
se não houver a caridade não vale nada

do outro lado do mundo
o sol nasce também todos os dias
as roupas são bem diferentes sim!
mas os sorrisos e as necessidades iguais

do outro lado do mundo
as manhãs despertam os pássaros
guardam segredos e encobrem negrumes
como acontece também do lado de cá
é sempre recomeço cheio de resquícios
de luz, de sombras e de sonhos

do outro lado do mundo
entre templos, cidades e ruínas
aparece uma janela que se abre
repleta de cores, sons e entardeceres
como um rio que anseia o sal do mar
e do lado de cá, entre flores em botão,
o fio da espera tece as pétalas vermelhas
e retém o brilho da estrela cotidiana
apontando ansiedade paterna e humana

do outro lado do mundo
as mãos inocentes dessas crianças
sustentam corpos que brilham
e traçam caminhos sem retorno
porque aprendem a juntar letras
para escrever a própria história
os pés descalços carregam sonhos
atropelando tragetórias primaveris
e agasalhando grandes necessidades

os teus passos é que te levam, filha!
mas Deus é quem sustenta a jornada

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

linha curva

o destino está
na palma da sua mão
- diria a cartomante -
essa linha curva
é a sua trajetória;
mas, ela, coitada, não sabe,
que a minha vida
está nas mãos bondosas de Deus

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Levita é consagração e ordenação, cantor é profissão

Naquele mesmo tempo me disse o Senhor: Alisa duas tábuas de pedra, como as primeiras, e sobe a mim ao monte, e faze uma arca de madeira. Nessas tábuas escreverei as palavras que estavam nas primeiras tábuas, que quebras-te, e as porás na arca. Assim, fiz uma arca de madeira de acácia, alisei duas tábuas de pedra, como as primeiras, e subi ao monte com as duas tábuas nas mãos. Então o Senhor escreveu nas tábuas, conforme a primeira escritura, os dez mandamentos, que ele vos falara no monte, do meio do fogo, no dia da assembleia; e o Senhor mas deu a mim. Virei-me, pois, desci do monte e pus as tábuas na arca que fizera; e ali estão, como o Senhor me ordenou. (Ora, partiram os filhos de Israel de Beerote-Bene-Jaacã para Mosera. Ali faleceu Arão e foi sepultado; e Eleazar, seu filho, administrou o sacerdócio em seu lugar. Dali partiram para Gudgoda, e de Gudgoda para Jotbatá, terra de ribeiros de águas. Por esse tempo o Senhor separou a tribo de Levi, para levar a arca do pacto do Senhor, para estar diante do Senhor, servindo-o, e para abençoar em seu nome até o dia de hoje. Pelo que Levi não tem parte nem herança com seus irmãos; o Senhor é a sua herança, como o Senhor teu Deus lhe disse). (Dt 10, 1-9)



A primeira referência na Bíblia para os levitas é quando Deus separa a tribo de Levi para levar a Arca do pacto do Senhor que guardava as duas tábuas de pedra e foi feita com a madeira de acácia. Portanto, os homens fortes da tribo de Levi com mais de 30 anos, ficaram com a obrigação de carregar e guardar a Arca.

É preciso entender muito bem esta ordenação do Senhor quanto aos levitas, pois, no livro dos Números no capítulo 3 quando Deus fala a Moisés sobre as gerações contando o povo que havia sido liberto da escravidão, coube ao seu irmão Arão a incumbência de oficiar como sacerdote, os seus filhos, o primogênito Nadabe, depois Abiú, Eleazar e Itamar. Como Nadabe, o primogênito, e Abiu morreram quando acendiam fogo para outros deuses. O senhor ordenou que se consagrassem os primogênitos da tribo de Levi para servir a Arão e cumprir com todos os deveres inerentes ao cargo que era cuidar dos utensílios da Tenda da Consagração onde o povo orava e fazia a expiação de seus pecados. (Nm 3, 7-8)

Porque todo primogênito é meu, diz o Senhor, desde o dia em que feri a todo primogênito na terra do Egito, consagrei para mim todo primogênito em Israel, desde o homem até ao animal, serão meus. Eu sou o Senhor. (Nm 3, 13)

Quando os filisteu venceram os israelitas e a Arca de Deus é tomada, foram mortos trinta mil homens de pé. (1Sm 4,10)

Os filisteus ficaram sete meses com a Arca de Deus e devolveram-na, pois ficaram com medo das pragas como aconteceu com os egípcios e o faraó. O lugar escolhido foram as terras de Bete-Semes. O carro que trouxe a Arca parou no campo de plantação de Josué, o bete-semita, que a deixou em uma enorme fenda de pedra e as vacas que puxavam o carro foram oferecidas ao Senhor, em holocausto. É quando aparecem os levitas, e desceram, a Arca do Senhor da fenda da pedra, como também o cofre que estava junto da Arca. No mesmo dia, os homens de Bete-Semes ofereceram holocausto e imolaram sacrifícios ao Senhor. (1Sm 6, 15)

O tempo que a Arca do Senhor foi levada pelos filisteus, o povo ficou perdido e distante de Deus. Samuel, foi o último juiz, no período em que Deus governava o seu povo por meio de juízes, ele relata que os filhos de Israel desde aquele dia, em que a Arca ficou em território de Bete-Semes, especificamente em Quiriate-Jearim, e tantos dias se passaram, que chegaram a vinte anos, e toda a casa de Israel passou a dirigir lamentações ao Senhor e o povo jogou para fora de suas casas os baalins e os astarotes e, serviram só ao Senhor.

Quando Samuel envelheceu o povo pediu um rei. Saul foi o primeiro rei de Israel e Davi o segundo.

Quando Davi, em conselho com os sacerdotes e o povo de Israel, decide trazer a Arca, pois, Quiriate-Jearim ficava em Judá. Novamente aparecem os levitas que são os designados para levarem a Arca. “Então disse Davi: Ninguém deve levar a arca de Deus, senão os levitas; porque o Senhor os elegeu para levarem a arca de Deus, e para o servirem para sempre." (1Cr 15, 2)

Até então, os levitas não eram responsáveis pela música no Tabernáculo, não havia musica no culto estabelecido pela lei de Moisés, as orações e sacrifícios tinham sentido de louvor e adoração. Davi, antes de se tornar rei, era pastor e músico, é nessa época que aparece a música como parte integrante do culto. Nos salmos escritos por Davi aparecem também vários instrumentos: harpas, alaúdes, citaras e instrumentos de cordas. Afinal, ele era músico e compositor desde a sua juventude. (I Sm 16,23) Então, atribuiu a alguns levitas a responsabilidade musical. No primeiro livro de Crônicas, vemos diversas atribuições dos levitas. E no segundo livro de Crônicas aparecem entre eles porteiros, guardas, padeiros e também cantores e instrumentistas.

E hoje, o que os levitas fazem nas igrejas evangélicas, cantam músicas para o louvor, a consagração, a adoração, a reflexão e a comunhão, ou, apenas apresentam as suas músicas para uma possível gravação, e se tornarem um “super-star”?

sábado, 29 de junho de 2013

Algo para dar ânimo e coragem

Você não pode mudar a direção dos ventos,
mas também não precisa segui-la.

Você não pode prever o futuro,
mas pode construí-lo desde já.

Você não pode falar pelos outros,
mas pode ensinar muita gente a pensar.

Você não pode mudar o mundo,
mas pode ser a mudança que espera dele.

Você não pode acertar em tudo o que faz,
mas pode aprender com os erros.

Você não pode levantar a árvore derrubada,
mas pode plantar sementes
e zelar pelas que florescerem.

Você não pode ressuscitar os mortos,
mas pode perpetuar as suas boas lembranças.

Você não pode prever uma doença,
mas pode com bons hábitos, preveni-la.

Você não pode amar pela pessoa amada,
mas, ao invés de cobrar, pode oferecer com sinceridade,
o amor que gostaria de receber.

Você não pode voltar atrás e consertar um erro,
mas pode reconhecer e reparar danos.
Use a humildade!

Você não pode se comparar a ninguém,
mas pode se inspirar em bons exemplos.

Você não pode abraçar o mundo,
mas pode abraçar a sua família,
e isso pode fazer a diferença!

Você não pode querer tudo,
mas deve lutar pelo que tanto quer.

Você não pode mesmo é ficar aí parado,
tem que descruzar os braços, sair da lamentação
e dar a si mesmo uma nova chance de recomeçar.
Porque não podemos ver o sol à noite,
mas podemos ter a certeza
de que ele está no mesmo lugar,
e amanhã, apesar da tempestade,
ele vai brilhar.
Brilhe também!

Francisco Luís R. M.
Candeias

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Ele virá

" Pois o Filho do homem virá na glória de seu Pai, com os seus anjos, e então recompensará a cada um de acordo com o que tenha feito." (Mt 16,27)


eu sei que Ele virá
o mundo passará sim!
mas, a Sua palavra, não!

O que Ele revelou
também não passará
porque a sua promessa é infalível
como uma estrela do céu
não haverá reis, nações
governos ou religiões
entre o atlântico e o pacífico
que ficarão intactos ou tranquilos
quando Ele cumprir a sua promessa

eu sei que Ele descerá
aqui na terra para levar os seus
como o pássaro tem o céu
a liberdade e a distância
o que ele fará com os ímpios
eu, com toda a minha sabedoria,
não posso nem imaginar
mas, os seus escolhidos,
esses, com certeza resplandecerá
com glória, poder e espírito

lágrimas, dores e ranger de dentes
quem anda devagar, terá que correr
quem hoje sorrir, amanhã irá chorar
porque, um dia, até o amor passará
mas a Sua palavra, essa não!
quem pensa que sabe tudo
não sabe nada nem entende nada
a Sua promessa prevalecerá
sobre todos os povos
e em todas as línguas
sejam estrangeiras ou estranhas
sejam cultas ou incultas

esse dia virá, sim!
esse dia está tão próximo
como uma manhã depois da noite
tudo, tudo aqui passará sim!
mas a Sua palavra, essa não!

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Deus é imutável


"De novo Davi reuniu os melhores guerreiros de Israel, trinta mil ao todo. Ele e todos os que o acompanhavam partiram para Baalá, em Judá, para buscar a arca de Deus, arca sobre a qual é invocado o Nome, o nome do Senhor dos Exércitos, que tem o seu trono entre os querubins acima dela. Puseram a arca de Deus num carroção novo e a levaram da casa de Abinadabe, na colina. Uzá e Aiô, filhos de Abinadabe, conduziam o carroção com a arca de Deus; Aiô andava na frente dela. Davi e todos os israelitas iam cantando e dançando perante o Senhor, ao som de todo tipo de instrumentos de pinho: harpas, liras, tamborins, chocalhos e címbalos. Quando chegaram à eira de Nacom, Uzá esticou o braço e segurou a arca de Deus, porque os bois haviam tropeçado. A ira do Senhor acendeu-se contra Uzá por seu ato de irreverência. Por isso Deus o feriu, e ele morreu ali mesmo, ao lado da arca de Deus. Davi ficou contrariado porque o Senhor, em sua ira, havia fulminado Uzá. Até hoje aquele lugar é chamado Perez-Uzá. Naquele dia Davi teve medo do Senhor e se perguntou: 'Como vou conseguir levar a arca do Senhor?' Por isso ele desistiu de levar a arca do Senhor para a Cidade de Davi. Em vez disso, levou-a para a casa de Obede-Edom, de Gate. A arca do Senhor ficou na casa dele por três meses, e o Senhor o aben­çoou e a toda a sua família."
( 2Samuel, 6,1-11)

Neste texto bíblico Uzá tentando proteger a arca, toca-a, pois os bois tropeçaram e é fulminado pela ira do Senhor, fato que traz tristeza ao coração de Davi, então ele desistir do cortejo e resolve deixar a arca na casa de Obed-Edom.

Uzá morreu porque Deus reafirmava ao povo que é um Deus de princípios imutáveis.

Além da ordenança para a confecção da arca, Deus estabeleceu vários princípios que norteariam o contato do povo com a arca da Aliança: Deveria ser colocada no santuário, no lugar santíssimo.

Uzá morreu porque quebrou um princípio estabelecido por Deus; não poderia haver contato de homens com a arca da Aliança, pois, representava para os judeus a presença do próprio Deus. Davi desprezou os princípios, quando construiu um carro e, quando não deixou a cargo de levitas, o transporte da arca, como  Deus estabelecera para que assim fosse.

Quando nós quebramos princípios, as nossas bênçãos são adiadas ou talvez quem sabe, fiquem pelo meio do caminho.

Muitas vezes nós temos agido com muita boa vontade, desejamos agradar, servir, ser útil e, até mesmo, com  grande sacrifício e renúncias. Mas nós temos que observar se em nossa atitude, não está quebrando nenhum princípio divino, se alguma norma fundamental de conduta não sendo relegada a segundo plano, se alguma razão maior não foi quebrada para que os intuitos do nosso ego humano prevalecessem.

Nós precisamos sempre observar os princípios para que a presença de Deus permaneça em nós.

Deus não muda, nem quebra Seus princípios.

Quando nós decidimos conduzir a nossa vida e tomar as decisões sempre de acordo com os princípios e ensinamentos de Deus, Ele nos abençoará. “Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração.” (Hebreus, 4.12)

Todas as nossas ações, projetos  e motivações  devem estar respaldadas na razão maior de todas as coisas: agradar a Deus e buscar a sua santidade espelhada no viver de Cristo.

sábado, 25 de maio de 2013

O cuidado de Deus

Antes de clamarem, eu responderei; ainda não estarão falando, e eu os ouvirei. (Isaías, 65.24)

O milagre da multiplicação dos pães é o único repetido nos 4 evangelhos. A multidão que acompanhava Jesus havia andado uns 7 quilometros, tinha vindo de Betsaida e regiões circunvizinhas. O povo fascinado com os prodígios e milagres que estavam acontecendo não tiveram tempo de comer nada, nem queriam perder nenhuma palavra daquele pregador tão diferente que tinha vindo de uma pequena cidade chamada Nazaré, a menor e mais discriminado lugarejo da Judeia.

Jesus, primeiro querendo testar a fé de seus discípulos, perguntou: onde nós vamos comprar comida pra tanta gente? Ah, André e Felipe foram bem práticos e diretos, não temos nem dinheiro e onde vamos achar um lugar para comprar? Mas Jesus com essa pergunta vai muito além da preocupação com a fome de uma multidão, concretiza a promessa do seu Pai feita ao profeta Isaías, antes de clamarem, eu responderei.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Ontem cambistas, hoje vendedores

"Jesus entrou no templo e expulsou todos os que ali estavam comprando e vendendo. Derrubou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas, e lhes disse: "Está escrito: 'A minha casa será chamada casa de oração'; mas vocês estão fazendo dela um 'covil de ladrões'". Os cegos e os mancos aproximaram-se dele no templo, e ele os curou. Mas, quando os chefes dos sacerdotes e os mestres da lei viram as coisas maravilhosas que Jesus fazia e as crianças gritando no templo: "Hosana ao Filho de Davi", ficaram indignados, e lhe perguntaram: "Não estás ouvindo o que estas crianças estão dizendo?" Respondeu Jesus: "Sim, vocês nunca leram: " 'Dos lábios das crianças e dos recém-nascidos suscitaste louvor'"? E, deixando-os, saiu da cidade para Betânia, onde passou a noite." (Mateus 21.12-17)



Doze tribos e um povo
o povo judeu lavou os pés do Salvador;
mas não honrou o mestre com os lábios
na noite em que o galo cantou
foi traído três vezes
e vendido por trinta dinheiros

no templo trocavam perdão
como a moeda do dia
vendiam as lágrimas das viúvas
e compravam bois e ovelhas
destroçando pombas brancas
à vista dos sacerdotes e escribas

hoje quando olho novamente
vejo que quase nada mudou daquele tempo

perdoa-lhe, ò Pai, eles continuam
não sabendo o que fazem
abrem casas de oração
constroem templos e catedrais
fazem comércio
e vendem prodígios e milagres
à cotação da bolsa de valores

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Não há salvação fora de Cristo

 "Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna." (Jo 3.16)


O profeta Isaías (Is. 9.6), 700 anos antes da vinda de Cristo, dizia: "um menino nos nasceu, um filho foi nos dado", o Evangelho é a realização dessa boa notícia da graça e da bondade de Deus em Jesus Cristo. Nós, cristãos, temos que colocar Jesus Cristo como o centro da nossa vida, da nossa filosofia, da nossa fé e das nossas emoções. O discípulo João no seu Livro do Apocalipse (Ap. 9.6), fala que quando o quinto anjo tocou sua trombeta, uma fumaça escureceu o Sol e céu. A fumação foi tão forte, que provocou um grande eclipse do Sol. Essa fumaça representa as filosofias e as teorias humanas, desde Aristóteles, até os dias de hoje, inunda o mundo de doutrinas mentirosas e ilusórias, tentando desqualificar o gesto mais importante de toda cristandade, que é o sacrifício de Jesus Cristo na cruz, "que foi por amor, só por amor", deixou-se ser pregado no madeiro. As marcas dos cravos nos punhos apagaram os pecados da humanidade, e de cada um de nós, que compreende e aceita a salvação plena.

A cruz é a morte da morte. A morte de Cristo é a morte do pecado. A ressurreição de Cristo é a vida plena, ou seja, sem pecado, sem mácula e sem morte definitiva. Esse jogo de palavras faz-me lembrar o Livro de Êxodo (Ex. 3.8): "Por isso desci para livrá-los das mãos dos egípcios e tirá-los daqui para uma terra boa e vasta, onde há leite e mel com fartura: a terra dos cananeus, dos hititas, dos amorreus, dos ferezeus, dos heveus e dos jebuseus."  Isso é Deus falando a Moisés naquele cenário maravilhoso, imagino eu, a sarça ardente queimando sem se consumir. Cristo teve que descer no inferno para que nós pudessémos subir aos céus.

Mas o apóstolo Paulo é muito mais claro e contundente, na segunda carta aos corintianos quando ele escreveu assim: (2 Co. 5.21) "Deus tornou pecado por nós aquele que não tinha pecado, para que nele nos tornássemos justiça de Deus."

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Até recuar o tempo é milagre

(Isaías, 38.8)

A bíblia está repleta de fatos extraordinários que Deus fez para o seu povo escolhido. Sinais e prodígios são as marcas que estão em quase todas as página desse livro sagrado.

Convenceu um homem rico, poderoso, arrogante e, sua mulher idosa e estéril, a deixar a sua terra e se aventurarem pelo deserto incerto e insípido.

Levantou um homem gago, em crise de identidade e violento para liderar um povo sofrido, desunido, descrente e escravizado por mais de 400 anos, a lutar pela própria liberdade para realmente formar uma nação.Deus fez de Moisés, guerreiro egípcio um protetor de hebreus, que também repassou todos os ensinamentos e mandamentos do Senhor e consolidou o monoteísmo, incomum em uma época de adoração a diversos deuses. Abrindo-lhe o mar, tirando água das pedras e cordonizes das areias do deserto.
Deu também forças a um homem simples, pastor de ovelhas estrategias para derrubar um gigante. Deus fez isso e muito mais.

Mas, sinal maravilhoso fez a um rei, para prolongar por quinze anos a sua vida, quando estava acometido de uma enfermidade mortal. Mandou Isaías, filho de Amoz, o profeta, dizer ao rei Ezequias ponha em ordem sua casa, porque a morte estava batendo à sua porta. Esse rei era temente e sempre obediente virou o rosto para a parede e orou ao Senhor. (is. 38,2) Daí, esse costume atravessou o tempo, gerações e gerações e, mais gerações, até os dias hoje, os judeus oram com o rosto voltado para o muro "das lamentações", tornando uma religiosidade e uma grande atração turística na Terra Santa.

"Farei a sombra do sol retroce­der os dez degraus que ela já cobriu na esca­daria de Acaz. E a luz do sol retrocedeu os dez degraus que tinha avançado." (Is. 38,8)

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Uma missiva universal

A carta do apóstolo Tiago é um compêndio para todos aqueles que querem ter uma vida baseada nos ensinamentos do Nosso Senhor Jesus Cristo.
É pequena, mas de extrema importância para os cristãos de hoje, porque trata do que precisamos: conduta ilibada, bom uso das palavras, honestidade no trato e integridade de caráter. Devemos estudar a carta de Tiago analisando o que deve ser mudado em nós.
Mas, afinal, quem é esse Tiago autor da carta, o nome Tiago era muito comum entre os judeus. Pelo menos cinco homem no Novo Testamento são chamados pelo nome Tiago.
Em Lc 6.16, tem o primeiro Tiago, pai de um dos doze discípulos de Jesus, chamado Judas, não o Iscariotes. E ainda esclarece que eram dois Judas, e mostra que um deles era filho de um homem chamado Tiago.
Em Lc 6.15, o segundo Tiago é um dos discípulos de Jesus, filho de um homem chamado Alfeu: "Tiago, filho de Alfeu".
Em Mc 15.40, encontramos o terceiro Tiago, apelidado de "Tiago, o menor", ou o mais moço.
Em Mt 10.2, encontramos o quarto Tiago era o irmão de João e filho de Zebedeu.
Em Gl 1.19, temos o quinto Tiago, que o apóstolo Paulo chamou de "irmão do Senhor", o texto literal é: “E não falei com nenhum outro apóstolo, a não ser com Tiago, irmão do Senhor”.
Muitos estudiosos afirmam que é o segundo: "Tiago, filho de Alfeu" o autor da carta.
A carta é tão dirigida, que ele começa com a saudação, dizendo: "Tiago, servo de Deus e do Senhor Jesus Cristo, às doze tribos que andam dispersas: saúde." (Tg 1.1) Mas, o seu conteúdo é para todos, judeus e não-judeus, que querem ter uma vida baseada nos ensinamentos do Nosso Senhor Jesus Cristo.
E, depois, fala da maneira eficaz como testar a nossa fé. Fé que produz perseverança quando vêm as provas e as várias tentações, pelas quais, todos nós estamos sujeitos, mas, também, quem peservera no caminho perfeito, pois, a perfeição leva à fé. E se, alguma coisa, nos falta no dia a dia, é só pedir a Deus, que Ele dá a todos,  as suas mãos estão sempre abertas e nunca lança fora nenhum de seus filhos, o seu amor é incondicional. Peça-a, porém, com fé, não duvidando, porque quem duvida é semelhante à onda do mar, que é levada ao bel-prazer dos ventos.

domingo, 5 de maio de 2013

Salmo 134

Nesta manhã quero orar sobre o salmo 134, que é o menor de todos os outros, mas é maravilhoso e começa assim: "eis-me aqui, bendizei ao Senhor todos vós, servos do Senhor, que assistis na Casa do Senhor todas as noites", quando finda o dia, aqueles que amam o Senhor, sabem que até na escuridão podem encontrá-Lo. Desde Sião até o confins da terra Deus pode abençoar e erguer os seus filhos, porque foi Ele quem o céu e a terra. Basta erguei as mãos para o Santuário, e bendizer ao Senhor.

terça-feira, 30 de abril de 2013

Envia-me a mim, não os outros

“No ano em que morreu o rei Uzias, eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono, e as orlas do seu manto enchiam o templo. Ao seu redor havia serafins; cada um tinha seis asas; com duas cobria o rosto, e com duas cobria os pés e com duas voava. E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, santo, santo é o Senhor dos exércitos; a terra toda está cheia da sua glória. E as bases dos limiares moveram-se à voz do que clamava, e a casa se enchia de fumaça. Então disse eu: Ai de mim! pois estou perdido; porque sou homem de lábios impuros, e habito no meio dum povo de impuros lábios; e os meus olhos viram o rei, o Senhor dos exércitos! Então voou para mim um dos serafins, trazendo na mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz; e com a brasa tocou-me a boca, e disse: Eis que isto tocou os teus lábios; e a tua iniquidade foi tirada, e perdoado o teu pecado. Depois disto ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem irá por nós? Então disse eu: Eis-me aqui, envia-me a mim”. (Isaías, 6-1-8)


A palavra começa assim: no ano em que morreu o rei Uzias, em outras palavras, o profeta está dizendo com muita clareza, a sua visão foi tão extraordinária, que tem ano e tempo marcado, foi no ano em que um rei daqui da terra morreu. E ele não teve uma visão qualquer daqui da terra, mas lá do céu. Repito ele viu o Senhor dos Exércitos sentando em seu trono no céu. Revendo a bíblia muitos outros profetas tiveram um contato mais direto com Deus. Abrão recebeu dois viajantes em sua tenda, mensageiros de Deus para anunciar que a velha e estéril Sara iria dar a luz ao seu filho. E depois Deus mudou seu nome para Abraão, que quer dizer pais de muitos filhos. Moisés teve também um belo encontro com Deus no monte Horebe. A sarça ardendo sem se consumir é bonito. Mas ver Deus assentado em seu trono no céu, isso só o profeta Isaías teve e descreve em toda a bíblia sagrada.

A visão é tão real que ele descreve tudo com riqueza de detalhes. Vejamos: o trono era alto e sublime, não era um trono qualquer tipo púlpito de uma igreja, de uma catedral, de uma cidade mundial, ou, coisa parecida. Até a orla do manto sagrado cobria todo o templo celeste.

Não eram anjos nem arcanjos que estavam por cima de Deus, mas os serafins, a casta mais alta da angelologia. A palavra diz que não há nada acima de Deus, pois todas as criaturas sejam do céu, sejam da terra terão de dobrar os seus joelhos diante do Deus Criador, Provedor e Senhor dos Exércitos. Realmente os serafins estavam por cima de Deus, mas veja como eles são descritos: cada um tinha seis asas e não sete asas, pois sete para os judeus é sinal de perfeição, por isso, aqueles serafins não eram perfeitos, eram anjos quaisquer, estavam por cima de Deus sim, mas com duas asas cobriam o rosto para não ver Deus, face a face, pois, nem os seres celestiais podem vê-Lo, e com outras duas cobriam os pés, e cobriam os pés para não ficarem de pé (os pés para o povo hebreu representam dignidade, respeito, notoriedade e igualdade). O costume do povo era sempre lavar os pés de quem chegava a sua casa para mostrar respeito. Quando Jesus lava os pés dos apóstolos reafirma para os judeus que o respeito e servir uns aos outros começa pelos pés. Os anjos cobrindo os pés, também, quer dizer que eles não eram iguais a Deus. E com as duas últimas voavam para ficarem por cima de Deus em posição de adoração, e clamaram uns para os outros constantemente: “Santo, Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos toda a terra está cheia da Sua glória”.

O clamor era tão forte e uníssono que até os umbrais, mais conhecidos por nós, como os batentes da porta tremiam, balançavam e, quase movimentavam as portas, e depois, muito depois a casa se encheu de fumaça, a fumaça lembra o sacrifício dos animais para a purificação dos pecados. Onde Deus está não pode ter pecado, tem que ter fumaça, tem que ter purificação.

O profeta vendo tudo isso e, em êxtase, caiu em si, ou melhor, usando o vício de linguagem “caiu em si mesmo”, eu diria na gíria “caiu na real”, acordou de um lindo sonho sem estar dormindo, olhando ao redor, percebeu o quanto era impuro e vivia no meio de um povo muito mais impuro, distante de tudo quanto há de mais sagrado e cristalino. Um povo que só vivia na mentira, na mais completa cegueira de visão e de conhecimento de Deus.

Quando o profeta vê um dos serafins pegando com um tenaz (uma pinça, um pequeno instrumento de ferreiro, essa imagem de um fundidor tirando ferro gusa do forno incandescente é muito bonita), uma pequena brasa do altar para colocar nos seus lábios.

Para purificar, limpar e santificar o homem basta uma pequena brasa, Deus não precisa de um braseiro inteiro, nem lavar o corpo inteiro, como queria Pedro, quando Jesus lavou apenas seus pés. É preciso purificar os lábios para servir de verdade a Deus, é preciso retesar os músculos da língua para não falar o que não se deve dizer, é preciso calar os lábios para poder ouvir o que Deus tem para nos ensinar todos os dias da nossa vida.

É preciso estar sempre atento, para escutar a voz de Deus dizendo a quem devo enviar, a quem devo chamar para o ministério. O barulho do mundo está muito alto, ninguém está escutando mais nada que vem de Deus. O mundo está esquecido de Deus, como estava no tempo em que o profeta Isaías foi chamado, mas ele, somente ele, escutou e disse: “eis-me aqui, envia-me a mim”, olha bem o que o profeta diz: “envia-me a mim” e não aos outros, mas "a mim mesmo".

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Advento é o zelo de Deus pelos homens


Contudo, não haverá mais escuridão para os que estavam aflitos. No passado ele humilhou a terra de Zebulom e de Naftali, mas no futuro honrará a Galileia dos gentios, o caminho do mar, junto ao Jordão. O povo que caminhava em trevas viu uma grande luz; sobre os que viviam na terra da sombra da morte raiou uma luz. Fizeste crescer a nação e aumentaste a sua alegria; eles se alegram diante de ti como os que se regozijam na colheita, como os que exultam quando dividem os bens tomados na batalha. Pois tu destruíste o jugo que os oprimia, a canga que estava sobre os seus ombros e a vara de castigo do seu opressor, como no dia da derrota de Midiã. Pois toda bota de guerreiro usada em combate e toda veste revolvida em sangue serão queimadas, como lenha no fogo. Porque um menino nos nasceu, um filho nos foi dado, e o governo está sobre os seus ombros. E ele será chamado Maravilhoso Conselheiro, Deus Poderoso, Pai Eterno, Príncipe da Paz. Ele estenderá o seu domínio, e haverá paz sem fim sobre o trono de Davi e sobre o seu reino, estabelecido e mantido com justiça e retidão desde agora e para sempre. O zelo do Senhor dos Exércitos fará isso. (Isaías, 9-1-7)


Quando tudo parece improvável, a ruína bate à porta, os caminhos se fecham para as montanhas ou para o mar, as trevas invadem os dias e até as noites, não há mais estalagens para descansar os pés do viajante; o trem de ferro não tem mais estação de parada, não há trégua para as batalhas travadas no cotidiano, os rios antes transbordantes, hoje secos, sem vida, sem margens e sem ânsia de chegar aos oceanos, o jugo é mais pesado do que jornada diária, a vara pesa e fere os ombros, o ônus das investiduras são bem maiores que o bônus auferido, eis que aparece naquela terra que foi angustiada, desprezada, esquecida e maltratada, nos primeiros tempos, a terra de Zebulom e a terra Naftali, a palavra advento. Advento propõe uma chegada. Propõe uma estrada pela qual se chega de carro ou de biga, em liteiras ou camelos, ou num simples burrico, sem guarnição, sem pedrarias, sem cela, sem coisa alguma. Propõe uma manjedoura iluminada por uma simples estrela-guia. “Porque um menino nos nasceu, um filho nos foi dado, e o governo está sobre os seus ombros. E ele será chamado Maravilhoso Conselheiro, Deus Poderoso, Pai Eterno, Príncipe da Paz.”

A palavra advento significa domínio, trono, poder, reino, justiça, retidão e zelo do Senhor dos Exércitos que realizou tudo isso e, muito mais, para que os homens se alistem às fileiras deste principado de paz que não tem fim.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

salmo 23

quando tudo era vazio
e só havia escuridão
Deus disse: faça-se luz!
e tudo ficou iluminado
até o que era vazio e triste

passei um longo tempo
da minha vida com enorme asas
entre sombras, promessas e solidão
vales escuros e montanhas íngrimes

hoje não tenho mais asas
mas, um coração contrito e feliz,
porque sei que Deus me cobriu
com asas divinas que me levarão para o céu
que não posso ver com os olhos
as nuvens encobrem o azul
enquanto não chega a brisa leve:
"mesmo quando eu andar
por um vale de trevas e morte,
não temerei perigo algum,
pois tu estás comigo;
a tua vara e o teu cajado me protegem."

domingo, 14 de abril de 2013

Resenha

O livro "Conversas com Lutero" - História e Pensamento, de autoria de Elben M. Lenz César, é uma revisita literária a um período áureo do nascimento da civilização antes do pensamento humanista e do iluminismo que iria surgir no velho mundo já decadente e exaurido dos valores mais importantes para a caminhada da humanidade.

A leitura desse livro reacendeu-me o prazer pela leitura de um trabalho sério, árduo e criterioso para trazer à luz ideias e pensamentos que deveriam estar presentes nos dias de hoje. "A lei diz: faça-se isto, mas nunca se faz; a graça diz: Creia em Jesus Cristo, e já está tudo feito." Valeu a pena ler isso!

O livro junta de uma maneira simples o cotidiano com o é eterno e mostra a vida prática com as questões teológicas mais profundas. Balança o nosso consciente com o nosso inconsciente.

É uma recomendação prazerosa e feliz de uma publicação da Editora Ultimato de Viçosa - Minas Gerais.

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Dom não é ofício


Disse o Senhor a Moisés: Toma os levitas em lugar de todo primogênito entre os filhos de Israel e os animais dos levitas em lugar dos animais dos filhos de Israel, PORQUANTO OS LEVITAS SERÃO MEUS. EU SOU O SENHOR.” (Nm 3.44-45)

 Levi foi o terceiro filho de Jacó e Lia, e sua tribo foi eleita por Deus para ocupar-se das questões do culto em Israel. Levi do hebraico lêwi ligado a raiz iãwâ significa juntar, ou, ainda hillaweh que significa unir. "De novo engravidou e, quando deu à luz mais um filho, disse: Agora, finalmente, meu marido se apegará a mim, porque já lhe dei três filhos". Por isso deu-lhe o nome de Levi." (Gn 29.34)

Moisés e Arão eram da tribo de Levi (Ex 2.1, 4.14, 6.16-27). A tribo de Levi foi separada por Deus das outras e designada com as responsabilidades de conduzir os sacrifícios (Arão e seus filhos – Nm 3:10) e de desmanchar, transportar e erigir o tabernáculo, durante o tempo da peregrinação (Nm 1.47-54).

Disse o Senhor a Moisés: “Faze chegar a tribo de Levi e põe-na diante de Arão, o sacerdote, para que o sirvam e cumpram seus deveres para com ele e com todo o povo, diante da tenda da congregação, ministrarão no tabernáculo. cuidarão de todos os utensílios da tenda da congregação e cumprirão o seu dever para com os filhos de Israel.” (Nm 3.5-8)

O serviço dos levitas começava quando atingiam a idade de 25 anos e continuava até os 50 anos (Nm 8.24-26) A obrigação dos levitas era carregar os três objetos da Arca da Aliança: as duas tábuas da lei, o pote de ouro com maná e o cajado de Arão. (Nm 17) Quando Davi estabeleceu um local permanente para a arca, a idade do serviço baixou para os 20 anos, pois não havia mais necessidade de levitas maduros como carregadores (1Cr 23.24).

Hoje os ministros de louvor e músicos evangélicos são chamados de "levitas". È bem recente, mas parece que já está se tornando tradição. No Novo Testamento não temos referência a ministros de louvor nem a instrumentistas na igreja.

Dom não é ofício, mas graça, que se recebe de graça. De uma forma bem clara, quando nos colocamos diante da igreja para servir com nossos dons, quando nos empreendemos na realização do culto ao Senhor, estamos sendo um levita que ajuda a um irmão que está na igreja, mas não está adorando ao Senhor, porque está muito necessitado, oprimido ou bloqueado pelo inimigo. Enquanto servimos ao Senhor cantando ou tocando, estamos elevando a Ele um culto, e Ele recebe por nós e por toda a igreja.

O louvor ao Senhor é uma grande batalha.

Quando louvamos estamos lutando contra nossa carne, para elevarmos a Deus um louvor em Espírito. Quando louvamos estamos lutando contra nossa alma, para não buscarmos apenas o que nos agrada, nos emociona, ou nos interessa. Precisamos buscar o que o Espírito Santo deseja que ofertemos ao Senhor. Quando louvamos estamos lutando contra satanás e seus demônios, que não querem que adoremos ao Senhor. Eles trabalham intensamente para que as vidas não sejam tocadas pela unção do Espírito Santo.

Portanto o louvor não é uma apresentação, um show. Não estamos realizando nosso hobby, não estamos exibindo nossas habilidades, não estamos fazendo o que gostamos e sabemos. No louvor, estamos em uma batalha espiritual intensa.

Esta batalha não se vence gritando muito ou declarando algumas frases de impacto. Esta batalha se vence com uma vida constante no Altar do Senhor.

A Arca da Aliança era o elo que unia as 12 tribos de Israel; o lugar de encontro no Santo dos Santos, onde o Senhor revelava sua vontade aos seus servos. Sinal visível e símbolo da presença de Deus entre o povo (1Sm 4.6; 2Sm 6; 1Rs 8.11). Era o próprio trono de Deus.

A principal função dos levitas no Antigo Testamento era transportar a Arca da Aliança, o que foi desempenhada até ser levada definitivamente para Jerusalém (1Cr 16.1), ocasião, então, que a função foi transformada em ministério de serviço e de louvor (1Cr 23.25-32).

Que lição devemos tirar hoje sobre os levitas? Se antigamente para levar a Arca da Aliança era preciso ser escolhido (separado). Hoje para desempenhar essa função de modo incansável, permanente, sacrificial, corajoso e com muita alegria é preciso ser consagrado, despojado, servil, humilde e não pode ser nunca para o engrandecimento pessoal. Só talento não basta, é preciso também dom que vem do alto. Se vem do alto é gratuito, de graça recebe, de graça retribui.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Saber viver é conhecer Jesus




 Leitura Bíblica: João 9.1-11

A vida pública de Jesus Cristo foi muito curta, eu diria curtíssima. Mas enquanto esteve aqui na terra curou a todos que sofriam preconceitos (fariseu, publicanos, prostitutas, gentios), problemas de saúde (leprosos, cegos, paralíticos). O texto bíblico fala de um homem que nunca havia enxergado, os cegos naquela época dependiam exclusivamente da caridade alheia, eram marcados para sempre. No entanto, foi a cegueira que fez aquele homem enxergar a divindade de Jesus.

Aquele homem deixou de ser mendigo quando reconheceu a divindade de Jesus Cristo e o adorou em espírito e verdade.

A nossa cegueira espiritual é curada quando passamos a ver o amor de Deus por nós.

A nossa cegueira é curada quando passamos a enxergar um novo caminho e ter um novo relacionamento com Deus e com as outras pessoas. Quando aprendemos a adorar somente a Deus, a perdoar e amar os outros e a colocar em prática o que a Bíblia ensina.

Quem adora Jesus sabe viver muito mais e melhor! Saber viver é conhecer Jesus. Quem não conhece Jesus não vive apenas passa pela vida.